Triagem da escoliose nas escolas


Alguém já  escutou falar sobre a escoliose na época em que frequentava a escola. Este assunto é muito importante e é por isso que vou continuar batendo nesta tecla para sempre: PROGRAMA DE TRIAGEM DA ESCOLIOSE NAS ESCOLAS. Esta é uma ação fundamental para a detecção precoce desta doença traiçoeira, que atinge principalmente crianças e pré-adolescentes. 

Na minha escola nunca teve e sei que na maioria não têm - a pesquisa só me ajudou a comprovar isto. Recebi muitas respostas, tanto de pessoas mais velhas, como de pessoas que estão na escola atualmente. O resultado já era esperado, poucos ouviram falar da escoliose na escola e quem teve o problema, não foi na escola que descobriu. Isso nos leva a concluir, mais uma vez, que ficamos mesmo a mercê da sorte, contando com parentes ou amigos que percebam alguma alteração nas nossas costas. Imaginem quantas pessoas acabam descobrindo tarde demais? 
 
Portanto, a participação da instituição de ensino, local onde as crianças ficam a maior parte de seu dia, é simplesmente fundamental. Eles podem e devem observar o corpo de seus alunos nas aulas de educação física, natação e outros esportes. Existe uma forma simples e rápida de descobrir se alguém tem escoliose, é só fazer o Teste de Adams. 
 
Basta que o aluno fique em pé, com os braços ao longo do corpo e os pés em posição normal. Depois inclina-se o corpo para frente e observa se um dos lados das costas ficou mais alto que o outro, como se fosse uma corcunda. Caso seja percebida alguma alteração, a indicação é que aquela criança procure um ortopedista especializado, que vai avaliar o caso. Pode ser que não seja nada de preocupante naquela fase, mas sem dúvida, a partir dali haverá um acompanhamento para tentar evitar a progressão.
 
Se as escolas fizessem uma ação deste tipo com seus alunos ao menos uma vez ao ano, muitos casos complicados teriam sido tratados de forma precoce e não seriam tão complicados assim. Muito a frente de nós estão países mais desenvolvidos. Nos Estados Unidos, por exemplo, existem programas nas escolas desde o início dos anos 60.
 
Nós, pais, devemos também botar a mão na massa. Além de fazer o teste em casa com nossos filhos, precisamos perguntar nas escolas em que eles estudam se existe algum programa de triagem da escoliose. Se não, sugiram que tenha. Se tiver, parabenizem muito, porque é bastante raro ainda aqui no nosso país.
 
Quem sabe um dia a gente muda esta realidade? Rumo à conscientização geral sobre a escoliose!

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